Oliveira do Conde é uma Freguesia, pertencente ao Concelho de Carregal do Sal e Distrito de Viseu, situada na margem direita do Rio Mondego, ela é uma das maiores do Distrito e até do país. As localidades que a constituem são: Oliveira do Conde, Albergaria, Alvarelhos, Oliveirinha, Travanca de São Tomé e Vila Meã.
Como povoação revela uma grande ancestralidade nas tradições, no vasto legado patrimonial e, por isso se reveste de grande importância histórica.
O seu topónimo deriva de "ulveira", designação de terra funda de lameiros, domínios mencionados na Carta de Povoamento do Mosteiro de Lorvão (1105) e mais tarde viria a ser domínio dos Condes de Sortelha e dos Condes de Vila Nova de Portimão.
A sua boa localização geográfica e a vasta existência de linhas hidrográficas permite ter solos férteis que geram riqueza, com uma população dedicada à agricultura, vinicultura e floresta, seriam fortes motivos de interesse régio para atribuição de forais e assim, em 1286 D. Dinis concede o primeiro foral e D. Manuel l, em 20 de dezembro de 1516 o segundo.
É esta terra berço de ilustre e nobre fidalguia que deixaram a sua memória e o seu legado nas quintas e nos solares com capelas e Igreja Matriz de São Pedro que engrandecem a mesma.
Não é só em Oliveira do Conde, mas em toda a freguesia há numerosos solares de grande riqueza arquitetónica, assim como o património religioso que está associado a várias épocas e à religiosidade da população.
Entre o diversificado património imóvel destaca-se o Dolmen da Orca, classificado como Monumento Nacional, em 1974, o túmulo Fernão Gomes de Góis, também Monumento Nacional, o Pelourinho Manuelino Monumento de Interesse Público, a Casa Grande e a Casa de Oliveirinha.
A Igreja Matriz, ou Igreja de São Pedro constitui um dos monumentos mais importantes do concelho e até da região, com uma construção originária do século XII, tendo passado por diversas alterações estéticas, ao longo dos tempos.
Em termos paisagísticos, o vale do Rio Mondego e a Serra da Estrela que se avista ao longe, a grandeza do espaço natural, bem como o património, as tradições e a natureza constituem um conjunto de elementos ligados ao passado, à memoria do povo, identidade local e motivo desafiante para uma visita.